Ser criança é ter um mundo de sonhos na cabeça e no coração.
É soltar esses sonhos nos mínimos gestos, no olhar, nas palavras, no sentir.
É querer da gente um mundo de amor, de ternura, de confiança.
É querer da gente muito mais que brinquedos novos.
É querer andar, tendo o apoio de uma mão segura.
É querer falar e ouvir palavras a serem repetidas.
É sentir amor transbordando na papinha, no banho, na escola.
Ser criança é construir castelos e ter em casa a base da construção.
É olhar para os risos nas carinhas mais bonitas do mundo e ver que existe pureza.
Criança é aquela que responde, que chora, que ri, quebra vasos, acorda no meio da noite, grita, dorme, mas, que diz sinceramente:
EU TE AMO!
Criança é aquela que quando crescer, quer ser o Batmam, o Super-homem, o Ayrton Senna, o Guga... sem saber que ela será realmente um herói. O seu herói, o mais importante, o mais amado.
Ser criança é perguntar e não ter tempo para ouvir respostas compridas demais, complicadas demais.
É tudo tão simples no seu mundo de brinquedo, de animais, de desejos, de sonhos...
Ser criança é não saber o quanto te dá sono acordar no meio da noite, estragar seus programas, chorar na hora da novela, mas, ser criança, é gostar com sinceridade, é te olhar, te abraçar, te amar.
É não saber o significado das complicações do verbo amar.
É apenas sentir...
É você pensar que ela faz parte de você e ela não ser de ninguém.
Ser um ser próprio, pessoal, individual.
É você aceitá-la, como gente, como companheiro, como ser.
Ser criança é, com simplicidade, exigir coisas suas: seus brinquedos, seu sabonete, sua escova de dentes.
É seu grito de liberdade, que deve ser aceito sempre que possível.
É quando você percebe que ela não é seus braços, suas pernas.
Ela é gente e, como gente, tem direito a escolhas e opiniões.
Ser criança é exigir coisas que são suas.
Resta a nós, amá-las, respeitá-las.